Como introdução tenho de agradecer à Canon Portugal, a amabilidade com que me emprestou por alguns dias a Canon EOS R e um par de lentes, sem esta ajuda não poderia estar a escrever este artigo.
A Canon superou a produção de mais de 100 milhões de unidades de câmaras da Série EOS no dia 20 de setembro de 2019. Segundo a marca a câmara com que atingiram o número redondo dos 100 milhões produzidos foi uma EOS R, modelo lançado em outubro de 2018.
Com isto dizer que não começaram ontem, temos de recuar a 1987, quando a série EOS nasceu com a EOS 650, com objetivas intermutáveis (SLR) reflex AF!
Mas com este artigo quero falar da experiência que tive com a Canon EOS R e nada melhor para experimentar a R do que a levar para um serviço agendado e não ficar apenas no estúdio a testar a máquina sem a azáfama natural de um trabalho para um cliente.
No ínicio de Junho de 2019, no Anantara Vilamoura Algarve Resort, o seu restaurante EMO recebia o chef Paco Roncero, para o EMO Pop Up, (um conjunto de dois jantares nos dias 16 e a 17 de Junho) com as criações deste chef Espanhol que detém 2 Estrellas Michelín e Tres Soles Repsol.

Fotografado com a Canon EOS R com a lente RF 85mm f/1.2L USM.
Foi ou não a melhor forma de testar a R que levá-la para esta noite no EMO?

Canon EOS R, RF 85mm f/1.2L USM.
Iluminada apenas com um Profoto B1 com a softbox OCF 2’x3′.
Juntamente com o meu equipamento para este serviço seguia também na mala a Canon EOS R, com a lente Canon RF 85mm f/1.2L USM e ainda uma zoom a Canon RF 24-105 f/4L IS USM.
Durante toda a noite apenas utilizei a RF 85mm f/1.2L USM!
– Que grande combinação de lente e máquina.
De referir que praticamente metade das imagens que entreguei ao cliente foram realizadas com a Canon EOS R com a lente Canon RF 85mm f/1.2L USM.
Diz muito do que este conjunto pode dar a um fotografo.
Trabalhei sempre com a luz existente na sala, na cozinha e o uso do flash (Profoto B1) aconteceu apenas quando fotografei os pratos num set preparado para o efeito.

Foi muito fácil ter a R entre as mãos a tentar encontrar mais uma fotografia.
Achei o sistema de focagem uma delícia com aquela lente, tendo utilizado na maioria das vezes o AF de 1 ponto.
Foi apenas quando fiz um retrato ao Paco Roncero que utilizei a seleção automática do rosto.
Esperava um conjunto tão rápido?
– Sim, é o mínimo para quem já conta com mais 30 anos a produzir lentes e corpos com AF.
Senti falta sim foi do Multi-controller, aquele pequeno joystick que entre outras coisas utilizo para poder mudar o ponto de focagem!
Ouro sobre azul seria ter recebido antes o smart controller da sua irmã mais velha Canon EOS-1D X Mark III, teria sido a opção correcta.
Ao aproximar a minha cara da máquina o meu nariz fazia sempre o favor de mudar de sítio o ponto de focagem, acabei a desligar essa opção.
Já vai o tempo em que focava e recompunha uma imagem, hoje gosto sim de utilizar o Multi-controller para poder mudar a posição do ponto de focagem.
Espero que o Multi-controller ou o smart controller agora visto na Canon EOS-1D X Mark III possa estar disponível na sucessora da EOS R.
Em forma de conclusão a falta do Multi-controller, foi mesmo aquilo que não gostei na Canon EOS R e mais senti falta.
Não têm um segundo slot para cartões, pois não têm, também podia ter, não entendo o porquê de regrediram com esta opção.
A nova baioneta RF têm ganho lentes renovadas e apetecíveis e isso deixa-me esperançado para uma mudança completa sem recurso a adaptadores.
Mais do que o tamanho das câmaras estou entusiasmado pela renovação da qualidade óptica e das prestações das novas máquinas.
Só peca por tardia esta renovação por parte da Canon nas full-frame.
Espero que em 2020 a Canon possa emendar a mão e apresentar a sucessora da R, com várias alterações que têm vindo a ser reclamadas pela base de utilizadores do sistema EOS.