Esta entrevista faz parte de uma série iniciada pelo Hugo Mendes neste período de quarentena forçada pelo Covid19. Falámos essencialmente sobre fotografia, espero que gostem!!!
Se preferirem podem ouvir a versão em podcast neste link.
Hugo Mendes é um Escalabitano, que estudou Eng. Biotecnológica mas a paixão pelos vinhos falou mais alto e desde a vindima de 2006 que se dedica por inteiro à enologia. Presentemente está ligado aos produtores: Quinta da Murta, Quinta das Carrafouchas e Vale das Areias.
Para além da sua actividade de énologo é um profícuo produtor de conteúdos online, mantendo um blog, uma página no FB, um podcast e nestes últimos anos um canal no Youtube onde através de várias personagens vai falando sobre a área do vinho.
Desde 2016, têm também um vinho em nome próprio – Lisboa.
Como introdução tenho de agradecer à Canon Portugal, a amabilidade com que me emprestou por alguns dias a Canon EOS R e um par de lentes, sem esta ajuda não poderia estar a escrever este artigo.
Canon EOS R
A Canon superou a produção de mais de 100 milhões de unidades de câmaras da Série EOS no dia 20 de setembro de 2019. Segundo a marca a câmara com que atingiram o número redondo dos 100 milhões produzidos foi uma EOS R, modelo lançado em outubro de 2018. Com isto dizer que não começaram ontem, temos de recuar a 1987, quando a série EOS nasceu com a EOS 650, com objetivas intermutáveis (SLR) reflex AF!
A Canon EOS R e a sua baioneta RF.
Mas com este artigo quero falar da experiência que tive com a Canon EOS R e nada melhor para experimentar a R do que a levar para um serviço agendado e não ficar apenas no estúdio a testar a máquina sem a azáfama natural de um trabalho para um cliente. No ínicio de Junho de 2019, no Anantara Vilamoura Algarve Resort, o seu restaurante EMO recebia o chef Paco Roncero, para o EMO Pop Up, (um conjunto de dois jantares nos dias 16 e a 17 de Junho) com as criações deste chef Espanhol que detém 2 Estrellas Michelín e Tres Soles Repsol.
Paco Roncero, durante o serviço no EMO. Fotografado com a Canon EOS R com a lente RF 85mm f/1.2L USM.
Foi ou não a melhor forma de testar a R que levá-la para esta noite no EMO?
Millennial Olive Tree Canon EOS R, RF 85mm f/1.2L USM. Iluminada apenas com um Profoto B1 com a softbox OCF 2’x3′.
Juntamente com o meu equipamento para este serviço seguia também na mala a Canon EOS R, com a lente Canon RF 85mm f/1.2L USM e ainda uma zoom a Canon RF 24-105 f/4L IS USM. Durante toda a noite apenas utilizei a RF 85mm f/1.2L USM! – Que grande combinação de lente e máquina.
De referir que praticamente metade das imagens que entreguei ao cliente foram realizadas com a Canon EOS R com a lente Canon RF 85mm f/1.2L USM. Diz muito do que este conjunto pode dar a um fotografo. Trabalhei sempre com a luz existente na sala, na cozinha e o uso do flash (Profoto B1) aconteceu apenas quando fotografei os pratos num set preparado para o efeito.
Canon EOS R, RF 85mm f/1.2L USM
Foi muito fácil ter a R entre as mãos a tentar encontrar mais uma fotografia. Achei o sistema de focagem uma delícia com aquela lente, tendo utilizado na maioria das vezes o AF de 1 ponto. Foi apenas quando fiz um retrato ao Paco Roncero que utilizei a seleção automática do rosto.
Canon EOS R
Esperava um conjunto tão rápido? – Sim, é o mínimo para quem já conta com mais 30 anos a produzir lentes e corpos com AF.
Onde está o meu Multi-controller?
Senti falta sim foi do Multi-controller, aquele pequeno joystick que entre outras coisas utilizo para poder mudar o ponto de focagem! Ouro sobre azul seria ter recebido antes o smart controller da sua irmã mais velha Canon EOS-1D X Mark III, teria sido a opção correcta.
Ao aproximar a minha cara da máquina o meu nariz fazia sempre o favor de mudar de sítio o ponto de focagem, acabei a desligar essa opção. Já vai o tempo em que focava e recompunha uma imagem, hoje gosto sim de utilizar o Multi-controller para poder mudar a posição do ponto de focagem.
Espero que o Multi-controller ou o smart controller agora visto na Canon EOS-1D X Mark III possa estar disponível na sucessora da EOS R.
Em forma de conclusão a falta do Multi-controller, foi mesmo aquilo que não gostei na Canon EOS R e mais senti falta. Não têm um segundo slot para cartões, pois não têm, também podia ter, não entendo o porquê de regrediram com esta opção.
A nova baioneta RF têm ganho lentes renovadas e apetecíveis e isso deixa-me esperançado para uma mudança completa sem recurso a adaptadores. Mais do que o tamanho das câmaras estou entusiasmado pela renovação da qualidade óptica e das prestações das novas máquinas. Só peca por tardia esta renovação por parte da Canon nas full-frame.
Espero que em 2020 a Canon possa emendar a mão e apresentar a sucessora da R, com várias alterações que têm vindo a ser reclamadas pela base de utilizadores do sistema EOS.
A esta altura quase toda a gente já deve ter visto os anúncios da Saal no Instagram!
Esta empresa com sede na Alemanha têm um vasto leque de produtos e serviços de impressão para as nossas fotografias.
Processed with VSCO with m5 preset
Voltando ao anúncio, a proposta era aliciante, um código código promocional no valor de €30 para gastar na sua loja online e em contrapartida teria de escrever um artigo como este a falar sobre o produto recebido.
A opção escolhida foi o álbum digital 15×21 em que as páginas interiores são de papel fotográfico mate, num total de 26 páginas, a entrega via MRW tinha um custo de €5. Mas com o código promocional, não originou qualquer pagamento da minha parte.
Processed with VSCO with m5 preset
Escolhi algumas das minhas fotografias favoritas de Cocktails, entre elas algumas das que realizei do novo menu de Cocktails do Restaurante Gusto by Heinz Beck, do Hotel Conrad Algarve.
Processed with VSCO with m5 preset
E não podia estar mais satisfeito com o resultado final.
As cores reflectem o que enviei nos ficheiros e a qualidade dos acabamentos é irrepreensível.
O software de edição que descarreguei para paginar o álbum, não vai ganhar nenhum prémio quanto ao seu desenho, mas cumpre a função e ajuda na hora de compor o dito álbum sem dependermos de uma sessão num browser.
E nada como ter o nosso trabalho impresso em papel!
Tenho vindo a fotografar o Adegga Winemarket, desde 2011 e o estilo tem sido trabalhado juntamente com a equipa do Adegga.
A certa altura introduzimos um photobooth com muitos props, repetimos várias vezes, mas já fechamos esse capítulo.
Hoje apenas utilizamos o fundo branco para criar imagens como esta, nesta fotografia é com a equipa da Ramos Pinto.
É com o edição número 4 que a revista Drinks Diary, que versa sobre a indústria de bebidas nacional e os seus profissionais, chega às bancas!
Vai estar disponível em banca em mais de 200 pontos de venda de Norte a Sul do país e ilhas.
Este era um passo natural e acredito que o mercado irá acolher bem este meio.
Como é sabido colaboro com a esta revista como fotógrafo e estou bastante orgulhoso de ver este percurso.
Creio que estamos a entregar um bom produto a cada dois meses, consistente e com sumo para o leitor.
E está na hora de carregar baterias e preparar a mala para mais uma peça!
Para não perder nenhuma edição e recebê-la com a maior conveniência, pode assinar a Drinks Diary aqui.
Tenho com a série PowerShot da Canon uma ligação sentimental.
A minha primeira câmara digital foi um Canon PowerShot G2, corria o ano de 2001 e fiz com ela dezenas de milhar de fotografias.
As diferenças são enormes com este novo modelo lançado este ano.
A Canon PowerShot G5 X dispõe de 20.2 Megapixel num sensor de 1″ CMOS, com um visor retráctil e sensível ao tacto.
Para quem precisa de um corpo mais ligeiro, gosta de compactas com lentes zoom, esta é uma excelente escolha.
Em termos focais varia entre os 24mm e os 100mm. O sweet spot deste zoom na minha opinião está nos 24mm, foi aí que obtive os meus melhores resultados.
Existe uma função macro na qual podemos fotografar a 50cm do objecto quando levamos o zoom ao máximo.
Em termos de abertura é variável e a 24mm podemos trabalhar a f/1.8 e a 100mm dispor de f/2.8.
Electronic Viewfinder
Das melhores coisas que já foram inventadas nas máquinas fotográficas.
Não se perde tempo a visualizar o resultado obtido e na Canon PowerShot G5X funciona muito bem.
Seria interessante as DSLR da Canon também virem equipadas com esta função.
Gostei de utilizar o botão dedicado à compensação de exposição e o outro para poder alterar a abertura.
A personalização destes botões também enriquece a experiência de utilização desta máquina.
Em termos de ISO, sejam realistas e façam um uso acertado deste equipamento, trata-se de uma camera compacta.
A sapata é um bónus para quem tiver flash externo ou disparadores, com esses vão poder criar fotografias mais criativas.
O flash integrado na máquina dá apenas um ligeiro enchimento.
Curiosidade, podemos registar até 12 rostos nesta máquina.
Wi-Fi
A aplicação e a máquina funcionam lindamente através de Wi-Fi, utilizei o meu iPhone e aquilo que ganhamos em tempo no que toca a partilhar as fotografias que efectuamos com a Canon PowerShot G5X é fantástico.
Para muitas utilizações o portátil pode bem ficar em casa.
Existem ainda mais opções de utilização da funcionalidade Wi-Fi neste equipamento, que enriquecem a utilização do mesmo.
Doca de recreio de Olhão, crop, ƒ/8.0 8.8mm 1/80 ISO 125
Mais um crop, com edição. ƒ/8.0 36.8mm 1/200 ISO 400
Novo crop, com edição. ƒ/5.6 36.8mm 1/200 ISO 160
ƒ/2.8 36.8 mm 1/200 ISO 200
Crop editado. ƒ/2.8 15.6mm 1/320 ISO 125
ƒ/5.0 8.8 mm 1/100 ISO 125
Conclusão
Para quem procura um zoom compacto, discreto, qualidade de construção, visor electrónico, ecrã retráctil esta é uma excelente opção.
Agradecimento
Muito obrigado à Canon Portugal por ter-me disponibilizado este equipamento por alguns dias para a realização deste artigo.
O passado mês de Maio de 2016, fica marcado pelo lançamento em papel da revista Drinks Diary, projecto independente Português dedicado à industria de bebidas.
Estou ligado a esta revista desde a sua génese fruto do convite feito pelo proprietário, Nelson Bernardes para participar como fotografo.
Neste número dois a cerveja artesanal foi o tema de capa.
Tenho utilizado em termos de equipamento a Canon 5D mark III como câmara principal. E a FujiFilm X-T10, serve essencialmente para partilhar fotografias quando é necessário uma partilha rápida nas redes sociais.
Em termos de lentes as Canon EF 35mm f/1.4L USM e a EF 100mm f/2.8L Macro IS USM têm sido as lentes mais utilizadas.
No que toca a luz, não dispenso os meus Profoto B1, um ou dois viajam sempre connosco. Quanto a modeladores tenho utilizado a nova OCF Softbox 2′ Octa que é super rápida de montar e transportar, a sombrinha Deep Silver L e claro a Softbox Rfi 1×3′ para muitos dos cocktails fotografados.
Temos corrido o país de Norte a Sul, entre competições e eventos, grandes e micro produtores, para criar uma revista com sumo direccionada aos profissionais.
O número 3 já está no alambique, e vai ter muito Gin!
Efectuei pelo segundo ano consecutivo para a Associação dos Escanções de Portugal, a foto reportagem do Dia do Escanção.
Vários locais na região da Bairrada receberam os sócios desta associação fundada a 24 de Março de 1972, para celebrar e debater a actividade de escanção hoje em Portugal durante os dias 23 e 24 de Março de 2016.
Aguardem pelo próximo número da revista dos Escanções nas bancas com o artigo e mais fotografias destes dois dias.